Dezenas de homens do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais trabalham, incansavelmente, desde sexta-feira (25), nas buscas aos desaparecidos do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Diante de tanto trabalho e tamanha comoção por causa da tragédia que resultou em centenas de vítimas, entre funcionários da Vale e moradores de Brumadinho, o jornalista Juan Arias, do El País, escreveu um artigo propondo que seja dado o Nobel da Paz aos bombeiros que trabalham em Brumadinho.
Em seu artigo, publicado nesta sexta-feira, Arias cita o fato de que o Brasil nunca ganhou um Nobel. Na América Latina, a premiação foi entregue cinco vezes à Argentina, três vezes ao México, duas a Colômbia e Guatemala, e uma vez para Peru e Venezuela.
“O Brasil, que é o coração econômico do continente, nunca foi premiado em nenhum campo com o maior galardão do mundo”, explica. Arias afirma que os bombeiros que trabalham em Brumadinho fizeram de suas mãos um instrumento de paz e de esperança de poder encontrar vida em meio a lama que tomou conta de parte da cidade mineira.
“Foram esses bombeiros anônimos, mal pagos, que não hesitaram em arriscar a própria vida para salvar a dos outros, que nos ofereceram um pouco de oxigênio quando começávamos a desconfiar de tudo e de todos”, escreve Arias.
Para concorrer ao Nobel da Paz, as sugestões de nomes precisam ser enviadas por deputados, senadores, ministros, presidentes e premiês de qualquer país do mundo. Professores de disciplinas como história, ciência política, teologia, entre outras, também podem indicar nomes para o comitê responsável. Membros da Corte Internacional de Justiça de Haia, ex-ganhadores do Nobel, diretores e reitores universitários também pode encaminhar nomes de concorrentes.