O Brasil inteiro acompanha com grande angústia e dor no coração a missão difícil do Corpo de Bombeiros. Eles tentam de maneira incansável resgatar os corpos das vítimas da terrível tragédia que aconteceu na cidade de Brumadinho, interior de Minas Gerais.
Na última sexta-feira (25), a barragem de rejeitos da mineradora Vale rompeu e, com ela, provocou um desastre sem precedentes. Dezenas de mortos, mais de duzentas pessoas desaparecidas e um sofrimento imensurável de quem viveu momentos de terror ao ser arrastado pelo mar de lama.
As pessoas que conseguiram sobreviver à tragédia relatam cenas de horror vividas. Os bombeiros têm feito o possível para resgatar os corpos das vítimas. No entanto, quanto mais o tempo passa, mais difícil tem sido o trabalho dos agentes, que já precisam usar máscaras faciais, devido ao forte odor no local.
Por causa do avançado estado de decomposição dos corpos, a identificação das vítimas está sendo realizada através de exame de DNA e também através da arcada dentária. Apesar dos esforços, o trabalho tem sido lento e extremamente doloroso para os familiares das vítimas.
No meio do caos, várias histórias de vida vão se desenhando e mostrando os sonhos que acabaram interrompidos de maneira tão abrupta e cruel. Pessoas que não trabalhavam no local, mas estavam lá naquele dia. Uma mãe que havia voltado da licença maternidade no dia da tragédia. Um rapaz que estava com o casamento marcado para o meio deste ano e outro que seria pai pela primeira vez… Todos ficaram soterrados debaixo da lama e, com eles, todos os planos.
Jogador está entre os desaparecidos
A última vez que o casal Robert e Priscila conversaram foi através de um aplicativo de mensagem, volta das 7h30 do dia fatídico. O rapaz fazia parte do time de futebol amador da cidade de Brumadinho, palco da terrível tragédia que abalou o Brasil e o mundo todo.
O jogador dividia seu tempo entre a rotina de trabalho como terceirizado na Vale e o futebol. Robert Rua Oliveira Teodoro, de 19 anos, tinha o desejo desde criança de se tornar jogador profissional. Ele chegou a fazer testes em alguns clubes. Apaixonado pelo esporte, acreditava que poderia alcançar o sucesso. No entanto, os sonhos do jovem acabaram soterrados no dia da tragédia.