Há 1 ano, dono de pousada morto em Brumadinho fez desabafo no Facebook; veja

PUBLICIDADE

Márcio Paulo Barbosa Pena Mascarenhas tinha 74 anos, trabalhava como dono da Pousada Nova Estância, tendo sido uma das vítimas – que foi identificada – que faleceu em razão do desastre do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, na região de Brumadinho (MG). A esposa e o filho dele também foram encontrados sem vida.

Faz cerca de um ano que o senhor utilizou sua conta privada, na rede social do Facebook, para realizar um desabafo sobre o impacto negativo no meio ambiente, que estava sendo provocado pela barragem na região. Internautas localizaram o que ele redigiu, e a publicação foi compartilhada novamente. 

Assim ele declarou: “Estão acabando com tudo em volta. Onde antes era uma mata atlântica cheia de nascentes, hoje está virando um deserto empoeirado e sem vida. O que é mais importante, o dinheiro ou, as pessoas que morrem de doenças pulmonares respirando esse pó poluído com minerais pesados e bebendo água misturada com esse mesmo veneno?“. 

A vítima da fatalidade, que aconteceu em janeiro de 2019, ainda complementou o texto falando: “Lençóis freáticos entupidos. Pulmões entupidos e o turismo ecológico que antes era fonte de riqueza para a região, se transformando em deserto poeirento e desabitado. Cenário horrendo de um futuro que começou a décadas atrás. Será que ainda há esperanças ?!!!“.

Mascarenhas deixou um legado importante, pois ainda contribuiu para educação no Brasil, sendo fundador de uma rede de escolas de inglês, conhecida como Number One. O portal de ensino americano que tem vinculação com Márcio ainda escreveu uma nota de luto em razão das perdas. 

#Luto
Com muita tristeza comunicamos o falecimento do nosso amigo e fundador da Rede Number One, Márcio Mascarenhas. Sua…

Publicado por Number One Itapoã Planalto em Sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A tragédia que aconteceu em Brumadinho conseguiu chamar a atenção do mundo por ter sido um terrível crime ambiental, que teve grandes proporções, na medida em que tanto animais quanto seres humanos foram as principais vítimas; além disso, não houve sirene de alerta para que as pessoas conseguissem sair do local.