O senador Renan Calheiros (MDB-AL) desistiu da candidatura à presidência do Senado Federal na tarde deste sábado (02/02) depois de uma confusão generalizada no plenário da casa legislativa. Senadores, que deveriam votar secretamente, decidiram quebrar as regras do pleito e contar em quem estavam votando. Calheiros achou a medida anti-democrática e retirou sua candidatura.
A decisão pelo voto secreto é do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli. Mesmo assim, senadores anunciaram seus votos após depositarem seus envelopes na urna de votação para presidente do Senado.
“Esse processo não é democrático. Para demonstrar que esse processo não é democrático, eu queria lhes dizer que o Davi não é Davi, o Davi é o Golias. Ele é o novo presidente do Senado porque eu retiro minha candidatura. E eu não vou me submeter a isso”, alegou o senador Calheiros em tom inflamado.
Antes de Renan Calheiros dizer que desistiria da candidatura, Flávio Bolsonaro, filho do presidente do Brasil, negou-se a votar.
A confusão da votação foi gerada, porque um senador errou e colocou uma cédula dentro de outra cédula e pelas declarações públicas de votos.
Resultado final
Mesmo com o tumulto, a eleição no senado teve fim e o plenário decidiu que Davi Alcolumbre (DEM-AP) será o próximo presidente da Casa. O político é aliado do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM) e alinhado com o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PSL).
Davi foi eleito com 42 de 77 votos totais. Jader Barbalho (MDB-PA), Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Maria do Carmo (DEM-SE) não votaram.