Na madrugada deste sábado (09) morreu um dos mestres do cartum no mundo. Aos 87 anos, Tomi Ungerer nos deixou.
Segundo o assessor do cartunista e ilustrador, Robert Walter, ele morreu na madrugada deste sábado na Irlanda.
Walter falou sobre o artista que, na verdade, era um grande amigo. “Um gênio universal, um homem que tinha talento para tudo, amava a literatura. Dizia ‘escrevo o que desenho e desenho o que escrevo’”.
O cartunista e ilustrador, nasceu na cidade francesa de Estrasburgo. Antes de se mudar para a Irlanda nos anos 70, passou pelos Estados Unidos e Canadá. A fama veio através de suas obras infantis, desenhos com temas eróticos e satíricos. Além disso, ele fazia vários cartazes políticos.
Politicamente engajado, o cartunista se dizia contra a segregação racial, a guerra do Vietnã, a corrida nuclear, a eleição de Donald Trump. Ao todo, seus trabalhos somam mais de 40 mil desenhos. Quando em vida, doou muitas peças de sua coleção.
Em 2007, o cartunista doou 1,5 mil obras de sua biblioteca para um museu que foi totalmente dedicado a ele em Estrasburgo. Hoje, o acervo chega a quase 8 mil desenhos, que são alternados a cada quatro meses.
No ano passado, Urger recebeu uma insígnia de Comandante da Legião de Honra por sua contribuição para a “projeção da França por meio da cultura”. Anos antes, o cartunista já havia dado uma declaração diferente.
O artista que se definia como um “pessimista feliz” disse em uma entrevista para a AFP, que na opinião dele, se tivesse que existir um paraíso, esse lugar seria uma biblioteca.