O zagueiro Arthur Vinicius, de apenas 14 anos, foi enterrado na tarde deste sábado (9), no cemitério Portal da Saudade, em Volta Redonda, a cerca de 120 quilômetros do Rio de Janeiro. O jovem é uma das vítimas do incêndio no CT Ninho do Urubu, do Flamengo.
Na manhã de sexta-feira, o alojamento onde ficam os jogadores da base pegou fogo e dez jovens, com idade entre 14 a 16 anos morreram na tragédia. Outros três foram levados ao hospital. O corpo de Arthur Vinícius foi o primeiro a ser enterrado.
Por uma grande ironia do destino, o jovem jogador foi enterrado no dia em que completaria 15 anos. Muita comoção e choro marcaram o momento. Arthur foi enterrado em um caixão branco. A mãe, Marília Silva, ficou todo o tempo ao lado do caixão.
Foi ela quem puxou o hino do Flamengo e ficou bastante emocionada quando colegas de escola aplaudiram e cantaram “parabéns” para a marcar o dia em que o jogador ficaria mais velho. A tristeza foi geral no cemitério.
“O pai dele foi assassinado anos atrás e a mãe não tinha condições de manter o garoto no Rio. Por isso, ele foi morar no Flamengo e estava orgulhoso de ter conseguido essa oportunidade. Uma pena que isso acabou por causar a morte dele”, explicou o técnico de futsal Felipe Araújo, que treinou Arthur dos 6 aos 13 anos.
Ainda há outros corpos a serem identificados e os demais enterros devem acontecer entre domingo e segunda-feira. O Flamengo tem prestado assistência financeira às famílias neste momento difícil. O clube implantou um comitê de crise para cuidar do caso.