Partido de Jair Bolsonaro é acusado de criar candidata laranja para usar verba pública

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Luciano Bivar, eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados e que é presidente do PSL, está envolvido em uma grande polêmica, pois seu partido está sendo acusado de criar uma candidata laranja só para receber R$ 400 mil de dinheiro público, o fato teria se dado nas eleições do ano passado.

Maria de Lourdes Paixão concorreu ao cargo de deputada federal, mas teve somente 274 votos, porém, foi uma das mais beneficiadas com a verba do PSL, inclusive superando o próprio Jair Bolsonaro e até a deputada Joice Hasselmann, sendo que esta teve mais de 1 milhão de votos.

A direção nacional do PSL enviou o dinheiro do fundo partidário para a conta de Maria de Lourdes no dia 3 de outubro, faltando pouco para as eleições. Gustavo Bebianno, que hoje é ministro da Secretaria-Geral da Presidência, era o presidente interino do partido e também o coordenador de toda campanha de Jair Bolsonaro, sendo que o foco do discurso era manter a ética e combater a corrupção no país.

Esquema de candidaturas laranjas

De acordo com uma reportagem feita pela ‘Folha’, Marcelo Álvaro Antônio, que é ministro de Jair Bolsonaro, foi quem teria ficado responsável por um esquema de candidaturas laranjas responsáveis pelo direcionamento de verbas do partido para algumas empresas ligadas diretamente ao seu gabinete na Câmara.

Hamilton Mourão, vice-presidente da República, já disse que este caso precisa ser investigado.

No caso da candidata Maria de Lourdes Paixão, há um forte indicativo de que a candidatura dela foi de fachada e que não houve nenhum empenho para obter votos. Ela disse que não se lembra nem do nome do contador que está em sua prestação de contas, muito menos da gráfica contratada e nem do que foi gasto.