O ‘RH nulo’ é o tipo sanguíneo mais raro no mundo, tanto é que muitos profissionais da área de saúde nem sabem que ele existe. Aqui no Brasil, principalmente, este é um tipo sanguíneo praticamente desconhecido da grande maioria.
A primeira vez que ele foi detectado foi no início da década de 60, e a mulher australiana logo chamou a atenção de especialistas do mundo todo.
De lá pra cá, apenas 43 novos casos foram descobertos e o curioso é que, neste seleto grupo, há duas brasileiras. Elas são irmãs e uma mora no Rio de Janeiro, enquanto a outra reside na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais.
O apelido de ‘Sangue Dourado’ surgiu exatamente por ser um tipo sanguíneo extremamente difícil de ser encontrado, ele é hereditário e pode ser doado para qualquer pessoa, desde que seja observado o sistema ABO, que precisa ser compatível.
Os grupos sanguíneos
Quem se lembra das aulas de biologia sabe que os grupos sanguíneos são: A, B, AB ou O. No caso de doação, é preciso seguir a seguinte regra: A recebe de A e O; B recebe de B e O; AB de A, B, AB e O; e O somente dele mesmo.
Tem ainda o RH, que é um importante fato nessa combinação e pode ser positivo ou negativo, sendo no que, caso das irmãs brasileiras, é nulo.
O CNSR – Cadastro Nacional de Sangue Raro, faz um acompanhamento de perto das irmãs brasileiras, inclusive as duas já precisaram doar sangue em algumas ocasiões específicas, sendo que em uma delas foi para salvar a vida de uma criança de 5 anos que lutava contra a osteopetrose.
Não se sabe mais informações sobre as irmãs, já que os dados são sigilosos.