O PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, está praticamente no ‘olho do furacão’ em uma crise política jamais vista no partido, tudo graças às suspeitas de irregularidades em razão do financiamento de candidaturas de ‘laranjas’ nas eleições do ano passado.
Essa crise se agravou ainda mais, quando um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro, acabou por desmentir o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, após ele ter dito que havia falado com Bolsonaro sobre o caso. Na época da disputa eleitoral, o ministro estava presidindo o PSL.
De acordo com informações do blog de Valdo Cruz, acontecem pressões no Palácio do Planalto para a demissão de Bebianno do cargo de ministro, devido a crise entre ele e o filho de Bolsonaro.
Entenda a crise
Em 4 de fevereiro, a Folha de S. Paulo apontou que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL) direcionou verbas de campanha a candidatas do estado de MG. Também segundo o mesmo jornal, o PSL repassou R$ 400 mil para uma candidata a deputada federal de Pernambuco e que teve 274 votos.
Nesta terça-feira (12), Gustavo Bebianno negou em entrevista para ‘O Globo’ que ele seja o pivô da crise no governo, porém, na quarta-feira (13), Carlos Bolsonaro criticou o ministro em uma rede social dizendo que era uma “mentira absoluta” a alegação do ministro na qual ele disse ter falado três vezes. Já Bebianno disse que não pretende pedir demissão por causa deste episódio.
Jair Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais três mensagens na qual Carlos Bolsonaro acusou o ministro de mentir. Ele não acrescentou comentários, apenas os publicou. Já o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO) disse que é praticamente “zero” a chance de ele ser demitido. A Polícia Federal vai investigar as suspeitas de que o PSL esteja usando recursos públicos para financiar candidaturas de ‘laranjas’.