Já se deparou, alguma vez, com aquele casal de velhinhos, de mãos dadas, que se conheceram quanto você nem era sequer nascido?
Quando isso acontece, é comum jovens casais se inspirarem e até tomarem como meta de vida o fato de chegar naquela idade tão avançada com o relacionamento fortalecido e, é claro, permanecendo juntos.
Encontrar um parceiro ideal e viver uma vida a dois longa e duradoura é um dos objetivos de muita gente. Sempre aparece em reuniões de família aquele tio que diz: “E aí, vai casar quando?” ou “Encomenda os meus sobrinhos logo, casal!“.
Um outro exemplo é o juramento que se faz durante o casamento: “(…) até que morte nos separe“. Ou seja, a sociedade é realmente moldada para esse padrão. Aquele do casal de velhinhos citado no primeiro parágrafo.
O psicólogo Rafael Santandreu, de origem espanhola, gerou polêmica após dizer que esse condicionamento de casamento perfeito e duradouro traz, na verdade, infelicidade. Alegando que essa idealização resulta, na maioria das vezes, em muitas frustrações.
Para Rafael, o ideal é que exista a troca do parceiro de 5 em 5 anos, em média. O psicólogo explica que as pessoas mudam frequentemente, e a vida amorosa deve ser alterada de acordo com estado de cada pessoa naquele momento.
“Somos muito reprimidos, principalmente a mulher. Nós pretendemos viver com uma tremenda limitação (quando se trata de intimidades). Com este novo modelo longe da monogamia, resolveríamos todos os problemas de ciúme ou dependência. A principal causa de suicídio no mundo é a falta de amor. A falta de amor! Não é perder o emprego ou uma doença grave
…“, afirma o psicólogo, sintetizando sua teoria.