Depois de uma grande crise com a equipe de frente da gestão de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, disse neste último sábado (16) que ele não tem qualquer relação com a possível demissão do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. Os dois são suspeitos de candidaturas laranjas do PSL nas eleições de 2018, após revelação da Folha.
“Não vejo relação de uma coisa com outra. A questão de Bebianno está sendo resolvida, quem decide é o presidente da República, e a minha questão é completamente separada. O presidente é quem vai decidir”, afirmou o ministro em entrevista concedida durante uma visita na cidade de Brumadinho (MG).
Durante sua declaração, ele disse ainda que participou de uma reunião com o presidente e o conselho de ministros nesta última sexta-feira (15) e que está tudo calmo entre eles, não dando maiores detalhes do que foi tratado durante a conversa.
Como foi revelado pela Folha no dia 4 de fevereiro, Álvaro Antônio foi quem patrocinou um esquema de candidaturas de fachadas no estado de Minas Gerais, que também tiveram recursos grandes do fundo eleitoral do PSL nacional que tiveram votações insignificantes. Parte dos gastos declarados foram para empresas que tinham ligação com o gabinete de Álvaro Antônio na Câmara.
O ministro teve a exoneração de seu cargo no dia 6 de fevereiro, assinada por Sérgio Moro, ministro da Justiça. Isso foi apenas uma formalidade para que ele pudesse tomar posse como deputado federal, uma vez que ele foi reeleito em 2018 com a maior votação de seu estado: 230.008 votos.
A agenda dele na cidade de Brumadinho serviu para que ele pudesse anunciar medidas de sua pasta para a região. Ele também se reuniu com o prefeito Avimar de Melo e com o Tenente Coronel da Defesa Civil Flávio Godinho.