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Cleuzenir Barbosa, uma professora aposentada que concorreu ao cargo de deputada estadual pelo PSL em Minas Gerais nas eleições passadas, resolveu revelar detalhes sobre o esquema do suposto caso de “cargos laranjas”.
Em entrevista aos repórteres Camila Mattoso e Ranier Bragon do jornal Folha de São Paulo, Cleuzenir relatou o encontro que teve com o presidente Jair Bolsonaro, até então, candidato ao cargo que exerce hoje, além do suposto envolvimento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, no esquema de lavagem de dinheiro dos recursos partidários que o partido tinha, usando mulheres como candidatas.
Cleuzenir disse: “Era o seguinte: nós mulheres iríamos lavar o dinheiro para eles. Esse era o esquema. O dinheiro viria para mim e retornaria para eles”.
Segundo Cleuzenir, na ocasião, o dinheiro foi liberado normalmente no estado de Minas Gerais, pelo então presidente da sigla Gustavo Bebianno, que era ministro da Secretaria-Geral da Presidência, mas por conta do estouro do escândalo do suposto esquema de “cargos laranjas”, acabou sendo exonerado de seu cargo nesta última terça-feira (18).
Álvaro Antônio atuava como o responsável da sigla em Minas, atuando também na montagem das chapas. Parte do dinheiro público teria sido direcionado a quatro candidatas mulheres, mas apenas para preencher a cota mínima de 30% exigida das candidaturas e de verba eleitoral.
Cleuzenir alegou, que o dinheiro enviado a elas, nunca chegou, pois, teria ido parar em contas de assessores, parentes ou sócios de ex-assessores do atual ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro. Pedindo asilo político em Portugal, Cleuzenir alega ter saído do Brasil por medo. Ela declarou que vai pedir proteção à vítima, porque sabe que eles são uma quadrilha muito perigosa, que pode acabar com ela.