Jean Wyllys e Jair Bolsonaro sempre foram dois desafetos declarados. Quando parlamentares, os dois travavam verdadeiras batalhas ideológicas nos microfones da Câmara dos Deputados onde ofensas e xingamentos eram corriqueiros.
Apesar das discussões na Câmara, o que gerou um processo judicial por danos morais para Jean Wyllys foram declarações dadas em uma entrevista ao jornal “O Povo”, concedida em agosto de 2017.
Na oportunidade, Wyllys, ao ser questionado pelo jornalista sobre o que ele achava do então parlamentar do PSL, usou termos ofensivos ao se referir ao colega de parlamento, termos esses que ofendiam a moral de Bolsonaro.
“Para mim ele é um burro, fascista, desqualificado, desonesto, racista, corrupto, canalha, nepotista e boquirroto“.
Processo de danos morais
Após as ofensas recebidas na entrevista, Bolsonaro decidiu entrar com uma ação judicial por danos morais. Nesta ação, Bolsonaro exigia que Wyllys pagasse uma indenização no valor de 20 mil reais, no entanto, a juíza Márcia Correia Hollanda entendeu que o pagamento dessa indenização não deveria ser paga e acabou absolvendo Jean Wyllys, segundo informação divulgada na tarde desta terça-feira, na coluna de Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo.
Bolsonaro, além de perder esse processo, teve outra derrota nos tribunais na tarde desta terça. Ele foi condenado a pagar 10 mil reais a parlamentar gaúcha Maria do Rosário, por sua discussão com a deputada ocorrida em 2014.
Na época, Bolsonaro disse a Maria do Rosário que não a estupraria porque ela era muito feia e que não merecia. As ofensas geraram uma ação de danos morais. A vitória a Maria do Rosário foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello.