Menos de 1 mês passou e ao que parece, a fala concedida pelo general Mourão, vice-presidente, vai ficando para trás. Em uma rápida interrupção de sua caminhada, enquanto presidente em exercício, Mourão falava sobre o posicionamento do governo brasileiro sobre uma possível intervenção na Venezuela, país comandado pelo presidente-ditador Nicolás Maduro. Na ocasião o Brasil ficou na condição de expectador, Mourão negou categoricamente a possibilidade de qualquer participação do governo Federal em atos contra a Venezuela, coordenados por Trump.
Ocorre que o presidente da República, Jair Bolsonaro, acaba de anunciar que de modo semelhante ao feito pelo governo de Donald Trump, vai começar a realizar o envio de alimentos e medicamentos de primeira necessidade para disponibilizar aos venezuelanos. O racha diplomático começou já na posse do presidente brasileiro, quando Jair resolveu desconvidar o líder da Venezuela de sua cerimônia, mas ao que tudo indica, a atuação brasileira não vai mais de fato ‘passar despercebida’ a partir deste momento.
As ajudas aos venezuelanos estão chegando por caminhões, via fronteiras com o Brasil e Colômbia, além da Rússia (única do grupo que apoia o regime de governo de Nicolás Maduro) e a única do qual o presidente venezuelano declarou que vai aceitar a ajuda. Segundo Maduro, chegará um avião russo nesta quarta-feira, contendo mais de 60 toneladas de auxílio humanitário.
Quanto aos demais países ‘ajudadores’, Maduro disse que tudo não se passa de um complô para derrubar o seu mandato, legítimo de acordo com ele.
Pressão internacional sobre o Exército da Venezuela
Donald Trump já foi visto planejando um envio da ordem de seis mil soldados para a Colômbia, aliada dos norte-americanos, para o caso de um possível confronto militar na região. A maioria dos governos europeus e latinos, já não mais reconhece Maduro como presidente. Nicolás se segura no cargo apenas com o apoio do Exército do país.