Caso Daniel: família recebeu caixa com órgão do jogador um mês após o crime

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A audiência de instrução sobre a morte do jogador Daniel Correa termina nesta quarta-feira (20). Na terça, familiares do jogador morto no dia 27 de outubro do ano passado, após festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná, foram ouvidos.

Depois de o depoimento da mãe, quem falou foi a tia de Daniel, Regina Corrêa. Ela deu detalhes escabrosos sobre a morte do sobrinho. O jogador tinha apenas 24 anos e estava emprestado pelo São Paulo ao São Bento, de Sorocaba.

“Depois de 20 dias, perguntei o que tinha sido feito com o corpo do Daniel. Queríamos fazer o enterro completo. O Instituto de Medicina Legal mandou a parte cortada dele. Foi o pior dia da minha vida. Receber aquela caixa com o pénis cortado. Pelo que eu soube dos depoimentos, ele foi muito machucado”, explicou Regina.

Daniel foi morto no dia 27, tendo o pescoço degolado e o órgão genital arrancado. O corpo foi encontrado em uma zona de mata de São José dos Pinhais. O jogador apanhou bastante antes de ter sido assassinado.

Na casa da família Brittes, Daniel tirou uma foto deitado ao lado de Cristiana Brittes, mulher do réu confesso, Edison Brittes. A foto foi encaminhada para o celular de um amigo. Edison, conhecido como Juninho Riqueza, justificou o crime dizendo que Daniel havia tentado estuprar sua esposa.

Além de Edison e Cristiana, a filha do casal, Alanna, e outras quatro pessoas são rés. Após a audiência de instrução, a Justiça determinará se eles vão a júri popular ou não.