Musa xingada e proibida de desfilar por tatuagem do Bolsonaro é defendida por opositores

PUBLICIDADE

A passista Erika Canela, de 27 anos, fez uma tatuagem do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Esta foi feita em forma de caricatura e mostra o atual presidente fazendo o famoso sinal de ‘arminhas’ com as suas mãos.

A passista é musa da Escola Unidos de Vila Maria, um dos destaques do Carnaval Paulistano. Após exibir sua tatuagem nas redes sociais e afirmar que entraria na avenida para mostrá-la, a escola a impediu de entrar no desfile e a tirou de seu elenco.

Erika está fora do Carnaval de 2019 por conta de uma tatuagem em homenagem ao atual presidente da República, por quem ela demonstra muito apreço. Entretanto, a atitude da escola não foi benquista nem por opositores.

Um dos opositores mais ativistas contra Jair Bolsonaro é Dimenstein, dono do Catraca Livre, que apresenta um viés de esquerda e contra o atual presidente da República. Dimeinstein, no entanto, publicou um texto e saiu em defesa da passista negra.

O blogueiro afirmou que, em tese, a musa não poderia gostar de Bolsonaro por ser negra, porém é a opinião dela e tem que ser respeitada. Na sequência, o autor compara a situação como se alguém tivesse a tatuagem de Marielle Franco e fosse proibido de desfilar.

Dimeinstein, contudo, faz questão de ressaltar sua oposição a Jair Bolsonaro, atribuindo a ele adjetivos como “medíocre“, “arrogante” e “ignorante“. Mas o opositor continua refirmando que a Unidos de Vila Maria não poderia ter impedido a mulher negra de ter desfilado somente por esse motivo. Ao final, o autor diz: “O melhor que podemos fazer para nossos adversários é nos parecermos com ele”.