A tragédia com a colisão de dois trens da empresa Supervia, no Rio de Janeiro, despertou os passageiros e a população para um problema que se tornou rotineiro na vida dos cariocas dependentes desse meio de transporte. Muitas pessoas que usam os trens relataram que problemas são frequentes e que a colisão é surpresa, mas que apenas mostra como o sistema ferroviário da cidade está abandonado.
Muitos vídeos viralizaram com momentos após a colisão dos dois trens na estação São Cristóvão. O local fica na zona norte carioca. Tudo aconteceu por volta da 6h55 da manhã desta quarta-feira, dia 27 de fevereiro. Sete pessoas, entre passageiros e funcionários, sofreram ferimentos leves.
Um dos casos mais graves foi o do maquinista, preso entre as ferragens dos trens. Bombeiros militares do Estado foram direcionados ao local para socorrer às vítimas.
Denúncias de abandono
Andreia Mathias, usuária frequente dos trens da Supervia, relatou como o acidente aconteceu de dentro do vagão. Segundo a passageira, foi ouvido um estampido e todos foram lançados ao chão.
“Aí um camelô tentou nos acalmar, né, acudiu alguém que caiu e falou: ‘Gente, calma, fica calma que foi só o trem que descarrilhou. Aí, nisso que nós levantamos e começamos a andar, estavam vindo os guardas e o apoio da SuperVia. Quando nós saímos do trem que nós vimos a gravidade que foi”, contou para o site G1.
Por meio do Twitter, outro passageiro relatou que os trens viver superlotados.
@SuperVia_trens não aguento com esses trens horríveis, ar péssimo, super lotados quando vão melhorar??? pic.twitter.com/3lSpdoCW2P
— ♡°•.VivisFrança.•°♡L○/€♡•°¤. (@vivigaianijc) February 26, 2019
Uma usuária também mostrou que os vagões sofrem alagamentos constantes.
Olha a vergonha🤨 com a passagem mais cara, é esse tratamento que recebemos. Chuva dentro do trem #Supervia pic.twitter.com/nD9gtnUvFi
— Elaine Silva (@ElaineS14375957) February 21, 2019
Nota oficial
Por meio de comunicado à imprensa, a Supervia afirmou que abriu uma sindicância para apurar as causas do acidente e punir os culpados. Já a Agetransp, que regula o transporte público do Estado, alertou que faz, neste momento, investigação do acidente por meio de avaliação técnica.