O sargento Anderson Luiz Camargo, 44 anos, foi o primeiro policial militar a chegar à escola Raul Brasil, em Suzano. Ele estava acompanhado de mais dois colegas, e as primeiras cenas que viu, foram os estudantes correndo desesperados para fora do colégio, em meio a choros e gritos.
O PM contou que quando viu uma estudante ensanguentada, logo lhe veio à mente as cenas dos ataques ocorridos nos Estados Unidos e deduziu que haviam assassinos dentro da escola matando os jovens.
Anderson sabia que eram assassinos porque estava atendendo a um chamado sobre duas pessoas que atiraram no proprietário de um lava-jato perto dali. E o sargento estava certo, Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro estavam dentro da escola fazendo várias vítimas.
No lava-jato, testemunhas disseram aos policiais que o atirador estava usando uma máscara de caveira cobrindo parte do rosto, roupa preta e fugiu em um carro branco. Quando a PM chegou à escola Raul Brasil, estacionou bem atrás do Onix branco usado pelos dois atiradores. Assim que o sargento entrou na escola, já começou a ver corpos pelo chão e viu que a situação era gravíssima.
O sargento Anderson Luiz Camargo também viu um policial à paisana orientando os adolescentes a deixarem o local o quanto antes, pois estavam desesperados e sem saber o que fazer. Com o sargento estavam a cabo Ariana da Silva Torres e o cabo Vantuir Rodrigues Diniz. O policial à paisana disse que os atiradores estavam mais no fundo e os policiais usaram um escudo balístico para se protegerem.
Ainda segundo o sargento, eles não viram os dois atiradores vivos, mas ouviram tiros e quando avançaram, encontraram eles já caídos no chão.