Opositores do governo de Jair Bolsonaro afirmam que uma suposta ‘milícia virtual’, que atua em consonância com os interesses do presidente, teria sido a autora do texto falacioso que circula pelas redes sociais, atribuído ao padre Fábio de Melo, falando sobre o massacre ocorrido em Suzano.
A suposta publicação afirmava que, pela opinião de Fábio de Melo, os adolescentes envolvidos na chacina da escola estadual Raul Brasil, em Suzano, interior de São Paulo, não teriam matado pela razão do porte de armamento de fogo ser um projeto do governo Jair Bolsonaro.
Diante de toda a repercussão, Fábio de Melo, que é um grande influenciador nas redes sociais, resolveu ir a público na intenção de desmentir o texto atribuído a ele, sob o título “o melhor texto que já li sobre o acontecimento de ontem“.
Veja a seguir a publicação de Fábio de Melo no Twitter, desmentindo o texto falacioso
O texto que está viralizado sobre o atentado em Suzano, cujo título é “O melhor texto que já li sobre o acontecimento de ontem” não foi escrito por mim. O único que escrevi sobre o acontecimento é o que está abaixo. pic.twitter.com/HZgB5gFpxj
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) March 15, 2019
O texto falso afirma que nenhuma das causas apontadas como sendo motivadoras da atitude doentia dos atiradores é justificável, tais como o bullying, o projeto de porte de armas, ou os jogos violentos.
A opinião passada como sendo de Fábio de Melo afirma que tudo isso o que ocorreu é um reflexo da desestruturação verificada nas famílias brasileiras, que acabam por abandonar os jovens, os quais ficam suscetíveis a condutas tais como essa.
O texto critica também o reflexo da tecnologia, que acaba substituindo a interação humana e o diálogo pelo mundo virtual, vazio e que termina por levar a declínios psíquicos individuais.