Maria Nazareth Farani Azevedo, embaixadora do Brasil na ONU – Organização das Nações Unidas, chegou a discutir com o ex-deputado federal Jean Wyllys. O encontro promovido pela ONU foi em Genebra, Suíça e os dois brasileiros armaram um grande barraco, chamando a atenção do mundo todo.
Jean Wyllys era um dos convidados e a embaixadora brasileira fez questão de interromper o evento para ler seu discurso e saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro e mandou uma indireta: “O presidente Bolsonaro não fugiu do Brasil após a tentativa real – e muito televisionada – de tirar sua vida”.
A delegação brasileira publicou o discurso no perfil oficial no Twitter e foi republicado pelo Itamaraty. O texto não menciona o nome de Jean Wyllys, mas faz uma referência direta ao impeachment de Dilma e lembra quando o então deputado chegou a cuspir na direção de Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
Wyllys deixou o Brasil no início deste ano alegando que vinha sofrendo ameaças de morte e com isso não assumiu seu terceiro mandato na Câmara.
Continuando com seu discurso, a embaixadora falou que o governo está empenhado em proteger grupos vulneráveis, incluindo a comunidade LGBT e que não serão discriminados por nenhuma instituição oficial.
Defendemos hoje o Brasil e nossas instituições,em evento na ONU, com esse discurso. #Democracia #maragabrilli pic.twitter.com/2nt32fqfAM
— DelBrasGENEBRA (@DelBrasGenebra) March 15, 2019
Pouco depois, os mediadores do evento passaram a palavra para Jean Wyllys, de forma que poderia responder ao discurso que acaba de ser feito e Maria Nazareth não deixou o local, mas alegou que queria ter o direito a tréplica, o que foi recusado.
Na ONU, uma representante do "Governo" Bolsonaro não quis ouvir a resposta de Jean Wyllys. Que democrático!
Via Jamil Chade. pic.twitter.com/epXhBQLqTw
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) March 15, 2019
A embaixadora se levantou para ir embora e Jean Wyllys disse que ela deveria ficar para ouvir o que ele tinha a dizer e que o fato dela ter levado um discurso pronto é sinal de que a presença dele ‘amedronta’ o governo brasileiro.
‘Não amedronta. Envergonha”, respondeu a embaixadora, saindo da sala em seguida.