A Justiça ouviu, na semana passada, o depoimento do 3º suspeito de participação no ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Ele foi ao Fórum da cidade, mas foi libertado em seguida por falta de provas. Só que os investigadores continuaram o trabalho e, mais uma vez, o rapaz foi apreendido e o final da história foi diferente.
O terceiro suspeito foi levado para a Fundação Casa após ser ouvido por quase duas horas pela juíza Érica Marcelina Cruz, da Vara da Infância e da Juventude. Por motivo de segurança, não foi informado para qual unidade ele acabou sendo encaminhado.
O jovem chegou ao Fórum da cidade de Suzano, São Paulo, por volta da 8h45, e a audiência teve início quase às 11 horas. Quase duas horas depois, a Justiça já estava solicitando, à Fundação Casa, uma vaga; e o suspeito foi levado direto para uma das unidades.
Os policiais primeiro levaram o acusado até o Instituto Médico Legal e só depois ele foi para o Fórum. A juíza atendeu ao pedido de internação provisória, feito pelo promotor Rafael do Val, que está responsável pelo caso. Desta vez o promotor foi apresentado às novas provas conseguidas pela polícia e não teve dúvida de que este jovem também teve participação no planejamento de um dos piores ataques a escolas na história do país.
“Não podemos revelar o conteúdo das provas contra o adolescente por conta do segredo de Justiça, mas posso garantir que foram apresentadas novas provas contundentes da participação do menor no planejamento do ato“, garantiu o promotor. A internação provisória é de 45 dias, sendo que, neste período, a Justiça continuará investigando o caso e determinará a pena final para o rapaz.
Ele poderá ter uma internação definitiva, semiliberdade, ter uma liberdade assistida ou ainda, prestar serviços à comunidade. Caso a Justiça não chegue a uma conclusão no período de 45 dias, o jovem ganhará a liberdade, sendo solto definitivamente.