O sul do continente africano está experimentando uma terrível tragédia. O ciclone Idai passou pela região e destruiu casas, hospitais, estradas. Os países mais atingidos são Malauí, Zimbábue e Moçambique.
O ciclone nasceu de uma depressão tropical na costa leste de Moçambique no início do mês. O Idai avançou, ganhou força à medida em que seguiu rumo ao continente e causou grande devastação.
As palavras do presidente moçambicano Filipe Nyusi são assustadoras. Em entrevista a um rádio estatal, ele afirmou que o número de mortes pode passar de mil. No momento, a contagem oficial registra 84 óbitos e centenas de desaparecidos.
A Unicef Moçambique publicou nas redes sociais algumas imagens aterrorizantes de áreas devastadas. Nyusi, que sobrevoou algumas áreas em seu país, disse ter visto corpos boiando e classificou a destruição como um “verdadeiro desastre humanitário“.
Os números são absurdos. Segundo o governo de Moçambique, 100 mil pessoas devem precisar de resgate. Seiscentos mil foram atingidas por desabamentos, deslizamentos e enchentes.
Em uma das províncias mais atingidas pelo ciclone Idai, Buzi, a ONG Save The Children estimou que 50 km de terra estão submersos. O levantamento mostra que em 24 horas a cidade pode ficar completamente embaixo da água. No local, vivem 2,5 mil crianças.
No Zimbábue, são 98 mortes confirmadas e 217 desaparecidos, de acordo com o governo. O presidente do país, Emmerson Mnangagwa, afirmou que o governo está conduzindo missões de resgate e ajudando as vítimas com alimentos.