O ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Região Metropolitana de São Paulo, na semana passada, fez crescer o debate envolvendo o armamento de civis. Os dois autores do ataque, um de 17 e outro de 25 anos, usaram arma de fogo e arma branca. Oito vítimas morreram, além dos dois criminosos.
Nesta quarta-feira (20), cerca de 500 pessoas compareceram à quadra da escola para celebração de uma semana do atentado. Um culto ecumênico foi realizado e não faltou emoção por parte de familiares e amigos.
Luciana da Costa Zaneta, mãe de um dos sobreviventes do ataque, afirmou que não há palavras que possam acalmar o coração das pessoas envolvidas na tragédia. Ela fez um apelo emocionado.
“Que suas partidas [das vítimas mortas] não sejam em vão e gerem em nós a luta a favor da paz, contra essa apologia à violência que vem surgindo em nosso país“, afirmou. “Precisamos, sim, armar nossos alunos, mas com livro, com amor, com cuidado ao próximo“, prosseguiu.
O evento contou com a participação de um pastor evangélico. Valter Oliveira afirmou que todos estão consternados com a situação, mas que não estão destruídos. Ele disse também que o amor prevalece e vence.
Depois do culto, que durou cerca de 50 minutos, as pessoas saíram de mãos dadas e deram um abraço simbólico na escola. O gesto foi feito ao som da música “Dias Melhores”, da banda Jota Quest.
As aulas na escola Raul Brasil seguem suspenses e não há previsão de quando serão retomadas. O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, afirmou que o tema será debatido a partir dessa quinta-feira. Ele participou do evento na escola.