PM à paisana foi grande herói em Suzano e revela o que ninguém sabia sobre o atentado

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No massacre que aconteceu na Escola Estadual Professor Raul Brasil, não foram somente os policiais que estavam trabalhando que conseguiram salvar muitas vidas. Antes de chegar a Força Tática, quem chegou foi um PM à paisana, que estava em sua casa, tranquilamente.

O PM conta que estava de licença médica, pois sua arma disparou sozinha em sua perna e ele precisou ficar um tempo de folga. No começo, disse que se perguntava do porquê de ter acontecido aquilo com ele, mas agora acredita que há um motivo.

Morando a 15 metros da escola, o soldado Eduardo Andrade Santos, de 34 anos, ouviu tiros e logo correu para lá. Chegando, conta que viu alunos saindo feridos com balas e facadas. Só ouvia os jovens falando que eram dois assassinos.

Eduardo afirmou que viu o atirador e que ele disparou em sua direção, mas que errou. Na hora, o soldado disse que pensou em revidar, mas ainda tinha muita criança correndo e ele poderia errar.

Após ver seu distintivo, o atirador correu para trás de uma parede e logo chegaram as equipes da Força Tática. Eduardo arriscou sua vida, pois poderia ter sido confundido com um dos atiradores, mas foi logo identificado pelo distintivo e ficou na contenção para que os alunos pudessem sair.

Eu fui sem pensar que poderia ser vítima dos criminosos, porque estava sem ninguém para me dar cobertura, e até mesmo ter recebido um tiro de algum dos meus amigos de farda, porque estava armado e sem farda lá dentro. Às vezes fico pensativo, que eu poderia ter ajudado para que não houvesse vítima alguma, mas quando eu lembro que só dos banheiros saíram mais de 40 alunos, e que se não fosse por isso, eles iriam morrer queimados pelos coquetéis molotov“, contou Eduardo, que ajudou a salvar muitas vidas com a sua chegada na escola, antes mesmo da Força Tática.