Analistas afirmam que a prisão do ex-presidente da República, Michel Temer, em decorrência da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro pode ser muito prejudicial ao governo de Jair Bolsonaro, sobretudo em função da agenda política do governo.
Analistas Políticos procurados pelo portal InfoMoney alegam que a situação pode contribuir para desacelerar a movimentação da reforma da Previdência, grande objetivo do Palácio do Planalto, criando um clima de dificuldades em Brasília.
Ricardo Ribeiro, da MCM Consultores afirma que a situação pode provocar um ambiente de insegurança, atrapalhando a relação existente entre o poder Executivo e o Congresso Nacional.
Leopoldo Vieira, consultor da Idealpolitk, entende que o MDB, mesmo perdendo força nas últimas eleições ordinárias, caindo de 65 para 34 parlamentares eleitos pelo país, poderá fomentar um ambiente de tensão. Diante disso, poderão haver empecilhos diante da negociação entre as duas esferas de poder.
Rafael Cortez, da Tendências Consultoria, afirma que todas as consequências políticas decorrentes da prisão de Michel Temer já manifestam seus efeitos, não importando mais se ela mostrar-se duradoura ou não.
Dentre as reformas previstas no calendário do Governo Federal, algumas delas deverão ser prejudicadas. A previsão, para ele, é de que possa haver um adiamento da votação do texto da PEC da reforma da Previdência para o meio do ano, após o recesso dos deputados federais marcado para ocorrer no mês de julho.
Ele entende ainda que outras pautas secundárias poderão emergir como prioritárias, diante do ambiente político que instaura-se no país em decorrência do fato ocorrido nesta quinta-feira (21).