O ciclone Idai causou centenas de mortes em Zimbabué, Moçambique e Malawi. O sudeste da África foi varrido pelos fortes ventos, que destruiu casas, escolas, estradas, deixando milhões de desabrigados.
Só em Moçambique já foram confirmadas 417 mortes e este número poderá crescer muito mais nos próximos dias. De acordo com a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância, mais de 1 milhão de crianças já foram afetadas pelo ciclone em Moçambique e elas precisam de ajuda urgente.
Henrietta Fore, que é diretora-executiva da Unicef, visitou o país para ver a destruição causada pelo ciclone e está chocada com o que presenciou. Ela calcula que será preciso pelo menos 30 milhões de dólares para ajudar as pessoas e que isto é só o começo porque a situação se agravará ainda mais porque agora é que as agências estão contabilizando os prejuízos.
Nos centros de acolhimento são mais de 89 mil desabrigados e há muitos do lado de fora esperando por uma vaga. Comunidades inteiras ficaram submersas, escolas e centros de saúde estão debaixo d’água, tudo foi perdido, não tem como salvar nada.
Henrietta Fore explicou que as equipes de resgate continuam empenhadas nos salvamentos, mas também é preciso tomar outras providências, entre elas, impedir que haja disseminação de várias doenças que começam a surgir por causa da água e isto acabaria se transformando em uma catástrofe.
Cólera, malária e diarreia poderão surgir por causa da falta de higiene, a água parada e até mesmo a superlotação nos abrigos. Muitas crianças estão famintas, com frio, sem escola e sem atendimento médico.