Em visita recente ao Chile, Jair Bolsonaro reafirmou que não vê necessidade do uso de ‘força’ na Venezuela e que a solução para o país é que haja eleições presidenciais livres. Bolsonaro se encontrou com o presidente chileno neste último sábado (23), em Santiago e assinou um documento dizendo que a solução para a Venezuela deve ser através da democracia.
Só que enquanto o presidente brasileiro estava no Chile, defendendo uma solução pacífica para a crise na Venezuela, dois aviões da Força Aérea da Rússia chegavam ao país vizinho com quase 100 tropas e um oficial russo de defesa.
Esta atitude mostra que os laços entre Caracas e Moscou estão mais fortes do que nunca e isto acontece 3 meses após os dois países realizarem alguns exercícios militares na Venezuela. Para Nicolás Maduro, isto é um sinal de que as duas nações estão juntas, mas para Washington isto é uma invasão da Rússia.
O repórter Jaier Mayorca revelou através do Twitter que um dos aviões levou mais de 35 toneladas de material para a Venezuela. Ainda é um mistério sobre os aviões que chegaram ao país vizinho do Brasil e o Ministério da Informação não deu nenhuma declaração até o momento, assim como os ministérios de Defesa e Relações Exteriores da Rússia.
O clima começa a ficar tenso na região e os Estados Unidos até já impôs algumas sanções mais pesadas à indústria de petróleo da Venezuela, como forma de fazer com que Maduro deixe o poder, mas isto parece que não acontecerá tão cedo.
Nicolás, ao invés de deixar o poder, denunciou as sanções impostas pelos Estados Unidos e logo recebeu apoio não só da Rússia, como também da China. Esta não é a primeira vez que a Rússia mostra que está ao lado da Venezuela, por exemplo, em dezembro do ano passado foram enviados dois aviões de bombardeio que podem até mesmo carregar armas nucleares. Isto ficou claro que o governo de Maduro conta com um forte aliado.