Domingo passado, jogadores do Corinthians resolveram fazer uma homenagem às 8 vítimas do massacre na escola Raul Brasil, em Suzano e soltaram 22 balões com os nomes dos que perderam a vida. Os balões subiram rapidamente e ganharam o céu na zona leste de São Paulo.
Só que a homenagem não parou por aí, porque um destes balões, que tinha o nome do jovem Samuel, viajou por mais de 17 quilômetros e foi parar na cidade de Suzano. Samuel Melquíades Silva de Oliveira tinha 16 anos e foi uma da vítimas dos dois assassinos.
O senhor Arlindo estava fazendo sua corrida diária, em Suzano, quando encontrou o balão e decidiu levá-lo ao pai de Samuel, que ficou muito emocionado com a surpresa.
Os balões com gás hélio foram preparados pelo time do Corinthians e soltos no jogo contra o Oeste, pelo Campeonato Paulista. O senhor Arlindo contou que é torcedor do São Paulo, mas como gosta de futebol, assistiu ao jogo do Timão e acompanhou a homenagem prestada às vítimas do massacre em Suzano. E foi por causa disso que quando ele se deparou com aquele balão preto, com o nome de Samuel, no mesmo momento lembrou da homenagem feita pelo Corinthians.
Arlindo se encontrou com Gercialdo Melquiades de Oliveira e entregou a ele o balão com o nome do filho. Ele explicou que gostaria muito de ter dado um abraço nele, em outra ocasião, mas que nem sempre as coisas são como se quer.
O pai de Samuel ficou muito feliz com a homenagem, aliás, foram duas homenagens, sendo a primeira quando os balões foram soltos pelo time do Corinthians no estádio e depois quando chegou a Suzano e foi parar justamente nas mãos de quem estava ciente de tudo, o senhor Arlindo.