A passagem do ciclone Idai pela África causou um rastro de destruição em três países: Moçambique, Zimbábue e Malaui. Estas nações ainda contabilizam o número de mortos, feridos e desaparecidos.
O médico espanhol Luis López Rivera está em Moçambique, um dos países mais afetados pelo ciclone. Segundo ele, o número de mortos vai aumentar nos próximos dias, conforme as equipes de resgate avançam e chegam a novos locais.
Segundo Rivera, o estado de caos é total. Há lugares sem água e luz. Estradas foram interrompidas e escolas estão fechadas. A comida também é escassa e nos locais onde é vendida o aumento é de 600%. Os serviços de saúde também estão paralisados.
Há o medo de que doenças, como malária, diarreia (que pode matar em seu estágio mais grave) e cólera possam tornar o ambiente ainda mais insólito e complicar ainda mais a vida dos moradores da região.
A soma de mortos no domingo (24) era de 732 pessoas nos três países. O governo de Moçambique estimava mais de mil mortos apenas neste país. Centenas de pessoas estão desaparecidas. Por isso, o número de vítimas fatais pode crescer ainda mais nos próximos dias.
Alguns cálculos mostram o peso da tragédia. Cerca de 1,8 milhão de pessoas teriam sido afetadas pela passagem do ciclone pelos países. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), estima que haja pelo menos 1 milhão de crianças afetadas pelo ciclone Idai apenas em Moçambique. O ciclone atingiu a costa da África no dia 15 de março e o rastro de destruição é impressionante.