Em um presídio no Ceará, uma polêmica surgiu. Trinta detentos, membros de uma organização criminosa, relataram que os agentes penitenciários do local sempre executam intensas sessões de tortura. Ainda não há a confirmação se realmente ocorreram as sessões.
Um preso apresentou ferimentos graves, até mesmo no rosto. Outros detentos apresentaram ferimentos em diversos lugares do corpo. A acusação é que os ferimentos teriam sido causados por cassetetes. Além disso, os detentos também alegam que estão sem visitas há mais de 80 dias.
Trata-se do presídio Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) III, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. No momento, foi movida uma ação da defesa do grupo para restabelecer as visitas aos clientes, na segunda instância do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), no dia 14 de março.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) se pronunciou, em nota, e afirmou que repudia atos de tortura aos presos, assim negando todas as acusações feitas pelos detentos. Segundo a SAP, estes detentos se rebelaram contra os agentes recentemente, sendo detidos conforme a lei permite.
A SAP ainda confirmou que diversas medidas estão sendo tomadas para desarticular as ações do crime organizado dentro dos presídios.
Enquanto existia uma série de ataques criminosos contra o estado do Ceará, em janeiro, familiares dos detentos relataram as sessões de tortura que os presos estavam sendo submetidos lá dentro. Na época, muitos ônibus foram queimados e a população estava em pânico.