Os brasileiros estão com medo de que neste sábado, dia 30, comece uma nova greve dos caminhoneiros e as pessoas têm motivo de sobra para estarem assim. É que segundo a consultoria Austin Rating, uma paralisação agora traria impactos bem maiores para a economia do que a greve que aconteceu no ano passado.
“O impacto de uma paralisação num momento em que o governo se encontra fragilizado seria desastroso“, afirmou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. Ele ainda explicou que é até difícil dimensionar o tamanho do estrago, mas é certo que uma paralisação dos caminhoneiros agora seria devastadora para todos.
Em 2018, após 10 dias de greve dos caminhoneiros, houve uma queda de quase 4% no setor de serviços e a produção industrial caiu mais de 10,9%. No comércio, as vendas caíram 0,6% e até a inflação foi afetada e saltou de 0,4% em maio para 1,26% em junho.
Importante ressaltar que no caso de uma greve como esta, além dos prejuízos imediatos, tem ainda a questão que a economia levará meses para conseguir voltar ao que era antes e até lá, os prejuízos vão se acumulando.
Outro ponto importante na greve que pode começar neste sábado (30), é que se os caminhoneiros decidirem pela paralisação, outros trabalhadores também poderão fazer o mesmo, já que o clima é de grande insatisfação em diversas áreas e com isto ficaria ainda mais difícil para o governo, contornar o problema.
O governo já informou que tem acompanhado a movimentação da categoria de perto e que fez sinalizações de que está aberto a negociações para que a greve não venha a acontecer. A Petrobras até já confirmou que o diesel terá prazos maiores para ser reajustado e que lançará o Cartão Caminhoneiro, para que os motoristas possam comprar o combustível a preço fixo nos postos com bandeira BR.