Em Belo Horizonte, um caso de racismo acabou deixando a comunidade local revoltada. O episódio ocorreu na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, a PUC Minas, quando uma docente atacou um estudante negro, proferindo ofensas a ele.
No campus da Praça da Liberdade, a professora se dirigiu ao jovem, o qual usava um penteado estilo ‘black power’, e afirmou que era para o rapaz cortar e lavar os seus cabelos, dizendo que ele estava fedendo.
Inconformados, os alunos da instituição organizaram-se, e promoveram um protesto nesta sexta-feira (29), na porta da unidade. O caso ganhou grande repercussão e indignação na internet.
Ouça a seguir o áudio:
RACISTAS NÃO PASSARÃO!
Hoje recebi algumas mensagens de alunos me pedindo pra tentar articular algo sobre o que aconteceu no curso de Medicina Veterinária da PUC Minas Praça da Liberdade. Vejam bem o que rolou: pic.twitter.com/rq69GYx8c1
— Gabi Coelho (@gabicoelho) March 29, 2019
O jovem que supostamente teria sido agredido com as ofensas cursa o quarto período de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. De acordo com os relatos, a professora teria se revoltado após o rapaz anunciar dentro de sua sala de aula uma reunião da União Nacional dos Estudantes (UNE).
As desavenças teriam tido início após o aluno da UFMG afirmar que o país poderia estar entrando em uma nova ditadura, dizendo esperar que os estudantes não morram.
Indignada, a professora respondeu que não haverá nenhuma ditadura, e que ninguém morrerá, afirmando que tanto o rapaz quanto os seus pais estão vivos.
A educadora proferiu as palavras após o rapaz deixar a sala de aula. Ela também sugeriu que ele tirasse os chinelos, e começasse a trabalhar. Em seu relato, o universitário alega que a mulher é apoiadora do atual governo.
Ele conta que soube do episódio após chegar em casa, e ser alertado pelos demais colegas. Segundo ele, os outros estudantes ficaram com medo da professora, temendo provas mais difíceis caso se pronunciassem.