Deputado que ameaçou bater em trans se assume gay após chantagens

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O deputado estadual Douglas Garcia, do PSL de São Paulo,  assumiu ser homossexual. Ele é do mesmo partido do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. A decisão de “sair do armário” ocorreu após o parlamentar ser vítima de chantagens, que começaram após uma fala polêmica. 

Douglas Garcia disse que, caso encontrasse uma transexual no banheiro,  arrancaria ela a tapas do local. A fala, é claro, gerou revolta e até o pedido por um processo de “quebra de decoro’, cuja punição mais grave – seguindo as regras da assembleia legislativa de São Paulo – é a perda de mandato. 

O deputada Érica Malunguinho, primeira parlamentar trans, disse que vai abrir um processo contra Garcia por quebra de decoro parlamentar. “Quero que você elabore pautas para mostrar que não violenta e discrimina pessoas trans. Desculpa não adianta nada”, disse a deputada.

Discurso nas redes sociais sobre ‘aceitação’

A também deputada pelo PSL de São Paulo, Janaína Paschoal, disse que teve a honra de ser escolhida por Douglas para passar a mensagem sobre sua sexualidade. Ele decidiu primeiro conversar com os pais e com o próprio partido antes de tornar o fato pessoal público. Ela confirmou as chantagens que ele havia sofrido. 

Por meio do Twitter, Douglas Garcia confirmou que se assumiu homossexual. Ele também contou que foi muito bem recebido pela bancada do PSL. Além disso, segundo o deputado, a direita, no geral, o teria aceitado. 

 Douglas é criador do grupo “Direita São Paulo”, que ganhou forças nos últimos meses com a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência.