Vanessa Oliveira de Souza está com o coração partido. Ela é mãe da pequena Eloáh Oliveira Macedo, de 8 anos. A menina teve as pernas cortadas por linha chilena ao atravessar uma passarela em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 31 de março. Depois de sete dias internada, a perna da menina foi amputada neste sábado (6).
A mãe desabafou diante do sofrimento pelo qual a família toda vem passando ao ver Eloáh nesta situação. A garota vem passando por diversos procedimentos. “Estou com o coração partido. Ela não merecia passar pelo que está passando. Nunca imaginei que minha filha ia ficar assim. Os médicos disseram que não havia o que fazer mais para preservar a perninha dela”, afirmou a mãe.
Eloáh está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. O estado dela é considerado grave porque a veia femoral da perna esquerda se rompeu com o corte da linha chilena.
Os médicos do Albert Schweitzer tiveram que tirar uma veia dos pés da menina para auxiliar a circulação de sangue na perna da garota.
Apesar de o comércio da linha chilena ser proibido, não é difícil encontrá-la na internet e até mesmo no comércio. Esta linha é mais potente do que o cerol comum. Ela é encerada em quartzo moído, óxido de alumínio e algodão.
O objetivo de quem usa essa linha é cortar a linha de outras pessoas que estão empinando pipa. O problema é que vários acidentes são causados por ela, como o do porteiro José Wilton da Silva, que recebeu 14 pontos no pescoço após ser ferido pela linha.