Kathryn Berrisford tem 33 anos e, após sofrer quatro abortos espontâneos, começou a perder a esperança de engravidar. Mas foi aí que ela ficou sabendo de um tratamento polêmico, conhecido como IPL – Imunoterapia com Linfócitos Paternos.
Para esta britânica, engravidar não era o problema, a questão que estava complicando sua vida era chegar ao fim da gestação; e nenhum médico conseguia descobrir o motivo dela sofrer tantos abortos espontâneos.
Como ela trabalhou em uma clínica de fertilidade, conversou com os antigos colegas e perguntou se eles sugeriam algo para ajudá-la. E então descobriu que ela e seu marido tinham um antígeno específico no sistema imunológico, que estava causando todo problema. “Meu corpo não via o embrião como algo estranho (para o meu próprio corpo) e isso fazia com que a gravidez não prosperasse”, explicou Kathryn Berrisford.
A equipe médica solicitou sangue do marido dela, isolou os glóbulos brancos e os injetou em Kathryn, ou seja, ela se tornou alérgica ao seu marido. Desta forma, quando seu óvulo fosse fecundado, o organismo dela entenderia que o embrião era um corpo diferente; e assim a gravidez pode ter continuidade.
Após ser submetida a este procedimento, Kathryn engravidou e sua filha nasceu perfeita. Não demorou muito e ela teve um segundo filho; e tudo ocorreu da melhor forma possível.
Apesar do sucesso, o tratamento é muito polêmico e é proibido nos Estados Unidos, além de não ser recomendado pela OMS. Críticos alegam que este procedimento não tem nenhum respaldo científico e por isso deve ser proibido.