Assim que começou a circular a notícia de que a Petrobras aumentaria o preço do óleo diesel em 5,7% os caminhoneiros agitaram os grupos no WhatsApp querendo saber o que fariam a respeito e muitos se mostraram a favor de uma nova greve, igual ou pior do que aconteceu no ano passado.
Wallace Ladim, conhecido por todos como ‘Chorão’, disse que foi surpreendido pelo aviso da alta no óleo diesel. Ele é presidente da BrasCoop – Cooperativa dos Transportadores Autônomos do Brasil, além de ser um dos líderes da greve dos caminhoneiros no ano passado. Para Chorão, este aumento ia contra todas as conversas entre a classe e as autoridades ao longo dos últimos meses.
Quando Jair Bolsonaro pressionou a Petrobras e a companhia voltou atrás em sua decisão, Chorão e todos os demais caminhoneiros respiraram aliviados, mas continuam em estado de alerta, pois já viram que um aumento poderá acontecer a qualquer momento.
“Continuamos apoiando o presidente porque ele está em prol da categoria, mas, se em algum momento formos prejudicados e se for necessário uma paralisação, eu serei o primeiro a chamar”, avisou Chorão.
Para o líder dos caminhoneiros, o presidente foi elogiado pela categoria ao fazer com que a Petrobras voltasse atrás na decisão de aumentar o preço do óleo diesel, mas todos continuam preocupados.
Mas quem não gostou nem um pouco da atitude de Bolsonaro foi o mercado financeiro, pois muitos acreditam que o presidente se tornou ‘refém’ dos caminhoneiros, tanto é que as ações da petroleira tiveram uma queda de até 8% e a companhia perdeu mais de R$ 32 bilhões em valor de mercado.