A notícia da morte da adolescente Yasmim Gabrielle, de 17 anos, causou grande comoção nas redes sociais. Fãs e admiradores do trabalho da artista ainda não se conformaram com a morte precoce, possivelmente causada por um suicídio. A polícia de Santa Isabel, em São Paulo, investiga o caso.
A psicóloga Priscila Gasparini Fernandes, em entrevista ao R7, comentou sobre a morte de Yasmim. Ela é especialista em casos de depressão e suicídio. Segundo a profissional, ter fama na infância sem a continuidade na adolescência pode colaborar para desenvolver o quadro depressivo.
“Manter o reconhecimento das pessoas, as pessoas gostarem de você é um prazer para o ego. A partir do momento que você tem isso e perde é uma agravante para a depressão”, comentou Priscila.
Yasmim Gabrielle fez sucesso na infância quando foi cantora mirim no Programa Raul Gil. Ela também trabalhou como assistente de palco do apresentador que passou por Record e SBT nos últimos anos. A última aparição da artista no programa de TV ocorreu em 2017.
Na época, ela falou sobre a morte da mãe, em 2012, vítima de câncer. A perda do irmão também pode ter afetado o psicológico de Yasmim. Há a suspeita de que ela tenha tomado uma dose excessiva de remédios antidepressivos.
De acordo com Priscila, a adolescência é uma fase em que a fragilidade emocional é maior por causa das alterações comportamentais e hormonais do período. “O meio não causa a depressão, mas é um facilitador”, explicou. Segundo a especialista, é preciso ficar atento aos sinais que podem ser dados.
Entre eles estão: comer demais ou não comer, dormir muito ou ter insônia, sair muito ou se isolar.
Serviço
Contra pensamentos tristes e suicidas, no Brasil, existe o trabalho do Centro de Valorização da Vida, o CVV. Para entrar em contato por telefone, basta ligar para o número 188. Os voluntários também atendem pela internet. O atendimento é gratuito.