O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou novamente o caso do tríplex do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O petista é acusado de corrupção envolvendo o recebimento do apartamento de três andares, no Guarujá, em troca de favorecimentos à Odebrecht.
O juiz federal Sérgio Moro condenou Lula em primeira instância (9 anos e seis meses) e, em seguida, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4° Região) aumentou sua pena para 12 anos e um mês. Agora, na votação da Quinta Turma do STJ, a pena foi reduzida.
Em votação, o tribunal decidiu por reduzir a pena para 8 anos, 10 meses e 20 dias. Entretanto, a decisão não agradou nem a opositores do petista e nem ao próprio, que criticou a decisão já que não concorda com o julgamento.
“O julgamento de hoje é mais um capítulo de um julgamento totalmente político, é assim que o presidente enxerga. Um julgamento onde não vale prova, as provas de defesa são totalmente desconsideradas e a palavra do delator vale mais do que qualquer coisa“, revelou Emídio, advogado do ex-presidente.
Segundo o ex-presidente, houve uma redução de uma pena que, nem ao menos, deveria existir. A opinião de Lula foi publicada por sua equipe em suas redes sociais e também em seu próprio Twitter.
Além do caso do tríplex, o ex-presidente Lula também é réu em outras seis ações penais e foi, recentemente, condenado no caso do sítio de Atibaia. A maioria das acusações envolvem acusações de favorecimentos à empreiteiras em firmamentos de contratos com estatais. No caso do tríplex, a acusação é de favorecimentos nos firmamentos de contratos da Odebrecht com a Petrobras.