O pastor Felipe Heiderich viu sua vida mudar completamente nos últimos anos, pois foi acusado de abuso infantil, mas em meados de abril foi absolvido pela Justiça. Porém, a marca de tudo que viveu neste período está viva em sua memória. Em 2016, ele chegou a ser preso, acusado de abusar do próprio enteado, que na época estava com 5 anos de idade.
Enquanto ficou aguardando a decisão da Justiça, chegou a desenvolver TEPT – Transtorno do estresse pós-traumático, que geralmente acontece quando a pessoa vive um episódio de grande violência, passando a ter pesadelos e até mesmo reviver os momentos de terror.
“Fui tratado da forma como você imagina que um acusado de pedofilia é tratado, mas, pela graça de Deus, não fui estuprado“, disse o pastor Heiderich que ficou alguns dias no Bangu 10, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Rio de Janeiro.
O processo correu em segredo de justiça e, com a conclusão do inquérito, o pastor pôde responder o processo em liberdade, mas contou que ainda não conseguiu se recuperar de tudo que viveu. Ele contou que viveu um grande trauma, ficou com medo até mesmo de ser apedrejado e que agora quer reaprender a viver.
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária divulgou uma nota informando que ‘não houve nenhuma denúncia na época do suposto fato em nossa Corregedoria’, se referindo às declarações de que o pastor teria sofrido muito na prisão.
O pastor diz que agora se assusta quando alguém toca nele, mas aos poucos está se recuperando do trauma e que se manteve vivo graças à sua fé.