Um caso está assustando os pais de uma cidade do interior de São Paulo. A prefeitura do município de Votuporanga abriu uma sindicância após parentes de crianças alegarem que elas estavam sendo dopadas com medicação tarja preta em uma creche da cidade. A investigação foi publicada no Diário Oficial Eletrônico nesta última sexta-feira (3).
Testemunhas serão ouvidas e documentos serão analisados para saber se realmente os funcionários da instituição utilizaram remédios para dopar as crianças que são assistidas no local.
Segundo a Polícia Civil, Keli Nascimento Antoniolo levou seu filho para fazer exame toxicológico e foi encontrado o composto clonazepam, que tem efeito de tranquilizar quem o toma e que só pode ser ingerido com orientação médica expressa e ter um acompanhamento contínuo.
A mãe relata que esta não é a primeira vez que o menino passou mal e que ele já foi internado por outras vezes na Santa Casa do município, sendo que em uma das ocasiões ele tinha apenas 11 meses de vida. Com a frequência da situação e por ela ter sido internada apresentando sonolência, vômito, olhar distante e a boca torta, a mãe foi até a Secretaria de Educação para fazer uma queixa sobre o caso através de um relato da situação.
Segundo a diretora da escola as educadoras disseram que a criança chegou “bem, alegre, brincando e se alimentou bem no início da manhã”. A mãe informou que a criança já não está mais na mesma instituição educacional e que agora já está matriculado em outro local. Depois de mudar o bebê de creche, ele nunca mais apresentou os sintomas relatados.
A Polícia não acredita que isso seja um caso único, pois cerca de 20 pessoas já prestaram depoimentos com a mesma situação. O inquérito já tem 100 páginas e deve levar 30 dias para ser concluído.