Bolsonaro assina decreto sobre porte de armas e causa desespero: ‘Faroeste urbano’

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Como presidente da República, Jair Messias Bolsonaro tem o poder de assinar decretos que mudam regras criadas por governos anteriores. E o presidente armamentista resolveu colocar em pauta um importante assunto a ser resolvido pelo seu governo.

Durante toda campanha nas eleições presidenciais de 2018, Bolsonaro ganhou muitos votos por sua posição a favor do porte de armas para o cidadão comum. O projeto de liberar armas para todos ainda não foi colocado em pauta, porém um decreto para CACs está sendo assinado hoje (07).

O porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, comunicou e reafirmou algo que Bolsonaro já havia avisado. Nesta terça-feira, a partir das 16h, o presidente da República assina o decreto que desburocratizará o porte de armas para colecionadores, atiradores esportivos e caçadores, conhecidos como CACs.

Atualmente, os CACs não podem andar com armas municiadas e há um limite de munições. O presidente trabalhou nesta desburocratização e agora não haverá tantos limites para andar com armas municiadas, além de outras mudanças que serão reveladas na assinatura do decreto.

A decisão causou rebuliço e desespero em parlamentares da oposição, como foi o caso do deputado federal Ivan Valente, do PSOL, que afirmou: “Transformar o Brasil num faroeste urbano não é a saída, mas Moro e Bolsonaro apostam na ampliação da barbárie, que vitimará principalmente os mais pobres”.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Pimenta, também criticou a decisão e firmou que isso é um tipo de ‘agrado’ para uma classe em específica que o presidente tem apoio.

Professores também criticaram a decisão, como Welliton Caixeta Maciel, que dá aula de Antropologia do Direito. Ele citou dados e afirmou que a mudança do presidente só aumenta a violência.