Nesta terça-feira, 7 de maio, o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou áudios que provam que o empresário Jorge Sentini tinha ciência do perigo em continuar navegando na região de Ilhabela, no Litoral de São Paulo. Ele é acusado pela polícia civil de negligência pela morte de Carol Bittencourt e responderá ao crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Nas conversas, Jorge conversa com Lenildo Oliveira, dono da marina Le-Mar. Ele alerta para o mau tempo na região. A primeira mensagem enviada ao empresário foi pouco antes das 16h do dia do sumiço de Carol no mar. Ele responde e agradece ao aviso.
Pouco mais de uma hora depois, novamente, Lenildo avisa dos problemas na região e pede que o casal tente pernoitar na região, não tentando enfrentar o mar, que estava revolta com os ventos que ultrapassavam mais de 100km/h.
Jorge agradece a mensagem de mau tempo e diz que voltará em breve para o litoral. “Valeu, Magrão! Valeu pela preocupação, por cuidar da gente. Tranquilo, eu estou aqui no canal já, devo chegar aí umas 17h30 mais ou menos. Valeu!” , diz ele.
Isso, no entanto, nunca aconteceu. O empresário foi encontrado à deriva por outra embarcação. O corpo de Carol foi achado apenas um dia depois. Antes de embarcar, Jorge ainda assinou um documento dizendo estar ciente que a condição climática tinha previsão de grandes alterações.
Para o delegado Vanderlei Pagliarini, o conjunto de provas e indícios colhidos até o momento permitem verificar “com clareza a incidência de conduta culposa” do marido de Carol Bittencourt.