O empresário Jorge Sestini vive um momento de luto desde o dia 29 de abril, quando a o corpo de sua esposa, Caroline Bittencourt, foi encontrado. No dia anterior, os dois estavam em uma lancha, no litoral norte de São Paulo. Ela foi arremessada na água pela força do vento. Jorge tentou salvá-la, mas não conseguiu.
Nesta segunda-feira (6), a informação de que a Polícia Civil indiciaria Jorge por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, chamou a atenção de muita gente e gerou discussões nas redes sociais.
Na noite desta terça-feira, o delegado Vanderlei Pagliarini, responsável pelo caso, concedeu entrevista ao Jornal Nacional. Entre as muitas coisas que ele falou, chamou a atenção o envio de um documento confidencial para Jorge Sestini.
“Enviamos um questionário elaborado com perguntas para ele responder. Quando comparecer a delegacia, ele irá ser indiciado formalmente”, informou o delegado Pagliarini.
Jorge deve responder ao questionário acompanhado de seus advogados. Não ficou claro se ele vai devolver o documento ou vai entregá-lo no dia que comparecer para depor. O mais provável é que a entrega do questionário respondido aconteça antes.
O indiciamento de Jorge ocorre porque, segundo o delegado, ele assumiu o risco ao navegar nas condições desfavoráveis que se apresentavam. Ele havia sido orientado sobre provável mudança brusca do tempo.
A pena para este caso varia de um a três anos de prisão. Isto significa que mesmo em caso de condenação, Jorge não ficaria preso por ser réu primário e ter residência fixa.