A eleição do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chamou a atenção do mundo da televisão. Tirando a Globo, todas as outras emissoras de TV abertas do país demonstraram apoio a Bolsonaro. Ele, inclusive, tem retribuído esse apoio com importantes entrevistas dadas com frequência.
O problema é que o governo de Bolsonaro estaria demorando demais para deslanchar e os empresários donos dessas TVs já estariam frustrados com a aposta que fizeram. A revolta de nomes como Silvio Santos, dono do SBT, e Edir Macedo, proprietário da Record, ficou tão grande que alguns projetos já estão sendo adiados.
Na Record, ficou para o segundo semestre o projeto de um novo telejornal para o fim de noite, na vaga que foi do Programa do Porchat. A emissora também puxou o freio no desenvolvimento de uma nova atração para Sabrina Sato, fora da televisão nesse momento.
Na Band, a falta de boas perspectivas comerciais adiou indefinidamente a estreia de um novo reality show, a ser apresentado por Ana Paula Padrão, com jornalistas competindo pela produção de conteúdo. A ideia era estrear o programa em breve.
Até mesmo a Globo, que é a maior emissora do país, já pensa duas vezes antes de lançar qualquer coisa nova. o canal também tem mantido uma política de redução de salários. A cada dia tem menos medalhões na rede da família Marinho.
Apesar de nada estar dando certo, por enquanto, os canais continuam fazendo uma cobertura do governo mais leve. Nenhum deles ataca Bolsonaro e procura continuar a amizade. Na prática, no entanto, o temor já toma conta desses canais.