Fim do real? Nova moeda sugerida por Bolsonaro traria benefícios históricos; saiba quais

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Recentemente, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, falou na criação de uma nova moeda, intitulada por ele como peso real. A moeda, inicialmente, funcionaria como o peso, e serviria no comércio entre o Brasil e a Argentina. Mas afinal, isso é bom ou ruim para o Brasil? Economistas se dividem, mas alguns deles citam possíveis benefícios históricos. 

Um desses benefícios seria tentar diminuir a cotação do dólar. Hoje a moeda americana vale quase vezes o valor do real e, em alguns momentos, supera essa multiplicação. Na Europa, algo parecido acontece com o Euro. A criação de uma moeda comum ajudou o continente e sua moeda passou a ser mais valorizada, inclusive, que o próprio dólar. Recentemente, no entanto, a Inglaterra decidiu sair da área de livre comércio e abandonar o euro. O país já voltou a vender com libras. 

Segundo Victor Candido, economista-chefe da corretora Guide Investimentos, os maiores benefícios históricos, no entanto, seriam para a Argentina. Hoje nossa moeda tem poder de contra muito maior que a da argentina. Seria necessários quase 12 pesos para se comprar um único real. 

Já Otto Nogami, professor de economia do Insper, lembra que o Brasil demorou a acreditar no seu sistema financeiro e que a Argentina, até o momento, ainda não essa credibilidade à sua moeda. A mudança seria complexa e iria bem além de trocar as cédulas. 

Seria necessário também equilibrar uma série de fatores, como taxa de flutuação de câmbio, inflação e dívida pública, para que as duas nações não fossem prejudicadas.