Quando Najila Trindade prestou o primeiro depoimento à Polícia Civil a respeito da acusação de abuso sexual que ela fez contra o jogador Neymar, não mencionou em nenhum momento que teria recusado manter relações íntimas sem o uso de preservativo.
A modelo esteve com a delegada Juliana Lopes Bussacos na sexta-feira, dia 31 de maio, quando o caso ainda não havia se tornado público. A ‘Folha’ conseguiu ter acesso ao conteúdo deste primeiro depoimento e descobriu que Najila contou que Neymar chegou ao hotel por volta das 20 horas e que, aparentemente, estava embriagado. Em seguida, disse que os dois trocaram carícias, mas aí ele ficou agressivo, dando tapas nas nádegas dela e continuou, mesmo depois dela pedir para que ele parasse.
Najila garantiu que neste momento avisou que ele a estava machucando, mas o craque ignorou-a, puxou a modelo pelos cabelos e agiu com violência, mantendo relação sexual com ela à força.
Uma semana depois, Najila Trindade prestou um novo depoimento e só desta vez contou que chegou a questionar o jogador sobre ele ter preservativo e como ele disse que não tinha, então avisou que não haveria penetração. A modelo então contou que após dizer que não ficariam juntos, o jogador a segurou com força e se relacionou com ela sem consentimento.
“Ele estava agressivo, totalmente diferente daquele cara que conheci nas mensagens. A gente começou a trocar carícias, ficar e se beijar. Ele me despiu. Até aí, tudo bem. Só que depois ele começou a me bater“, disse a modelo em uma entrevista para o SBT.
Porém, um detalhe que chamou a atenção neste último depoimento de Najila Trindade é que ela não apresentou à polícia, o vídeo que dizia ter, onde o craque aparecia batendo nela, no quarto do hotel em Paris. A denunciante alegou que o vídeo estava em um tablet que foi furtado de seu apartamento.