Luiz Otávio Paulon, delegado titular da Delegacia de Meio Ambiente de Minas Gerais, disse nesta terça-feira (25), que quando houve o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, houve uma explosão pouco antes, mas a mineradora nega tudo.
Para a Polícia Civil, esta detonação aconteceu dentro da cava localizada a pouco mais de 1 km de distância da barragem que rompeu. A investigação do caso continua e irá verificar se os explosivos acabaram provocando o desabamento da estrutura, causando a morte de centenas de pessoas, além de causar grande destruição na região.
“Existe realmente essa divergência em relação ao horário. Efetivamente, houve sim a detonação de explosivos dentro da cava de Córrego do Feijão. A perícia já tem a documentação e até mesmo filmagem sobre todo o complexo do Córrego do Feijão“, afirmou o chefe de investigação sobre o rompimento da barragem.
De acordo com uma reportagem do G1, um mês antes da tragédia, a Vale recebeu uma autorização para que pudesse realizar algumas obras na barragem, o que não ia de encontro com as recomendações de segurança.
Dois funcionários que se encontravam na mina quando a barragem rompeu, revelaram à CPI da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que foram realizadas algumas explosões na mina no dia 25 de janeiro, só que eles não chegaram a um acordo sobre o horário que a detonação aconteceu.
Até hoje, muitas vítimas não foram reconhecidas, são as chamadas ‘vítimas invisíveis’. Muitas outras pessoas tiveram suas vidas afetadas de alguma forma. Umas abandonaram suas casas, outras perderam familiares e amigos, agora cada um tenta encontrar uma forma de recomeçar.