Quase um mês após o brutal assassinato do pastor evangélico Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis, ainda há muitas perguntas que as investigações não conseguiram responder.
Inicialmente dois filhos do casal, um biológico e um adotivo, foram presos como suspeitos do crime. Um deles confessou o crime, mas as motivações da execução não ficaram claras e possuem muitas versões.
Flordelis, até então vista como a vítima ao perder o marido, acabou sendo apontada como suspeita pelo crime por um de seus filhos.
Veja agora algumas perguntas sobre o crime que ainda seguem sem respostas
Onde estará o celular de Anderson do Carmo?
O aparelho celular do pastor foi usado duas vezes após a sua morte, mas a polícia não conseguiu localizá-lo. Segundo depoimento de um mototaxista, uma neta de Anderson teria jogado um celular no mar. Em sua defesa, a moça disse que foi a praia no dia em que o mototaxista se refere, mas só estava relaxando.
Por que havia uma fogueira na casa de Flordelis após o crime?
No dia 18 de junho, quando a polícia civil esteve na residência de Anderson e Flordelis a fim de apreender itens úteis para as investigações, encontram uma fogueira no quintal. Quase tudo o que havia sido colocado no fogo já estava destruído, logo, ainda não se sabe o que a família tentou ocultar ou se livrar fazendo a fogueira. A polícia conseguiu pegar alguns restos de objetos queimados e enviou para a perícia, mas o resultado ainda não foi divulgado.
Flordelis teve alguma participação no crime?
Em um primeiro momento, Flordelis foi vista como a vítima, que perdeu o marido para mais um ato de violência no Rio de Janeiro. No dia seguinte tudo começou a mudar com a prisão de dois de seus filhos.
Um dos filhos que não está preso disse em depoimento que acredita que a mãe e três irmãs estejam envolvidas no crime, além de salientar que Flordelis teria dito que a hora do pai estava chegando, bem como Anderson teria mostrado ao filho uma ameaça recebida há meses.
No caso do filho ter mentido para incriminar a mãe, quais seriam suas motivações?
Flordelis e Anderson são pais de 55 filhos, sendo 51 deles adotados. Se por um lado especialistas apontam que é impossível haver total harmonia em uma família tão grande, por outro paira a dúvida sobre qual razão levaria um filho a acusar a própria mãe de estar envolvida na morte do pai, no caso dela não ter qualquer ligação com o crime.
Brigas pessoais? Dinheiro? Vingança? Problemas psicológicos naturais após dois dias da perda repentina do pai? Essas respostas ainda não podem ser respondidas.
O que levaria a neta de Anderson a ir para a praia após a morte do avô?
Um mot taxista acusou a neta de Flordelis e Anderson de jogar um celular no mar. O celular poderia ser o de Anderson, que a polícia não consegue encontrar. Em sua defesa, a moça declarou que foi a praia, mas com o intuito de relaxar.
Entretanto, o que levaria alguém que acabou de ter o avô assassinado a ir à praia relaxar, mesmo sabendo que o caso ganhou repercussão nacional e que poderia ser fotografada a qualquer momento? Outra pergunta que a polícia tentará responder.
Quantos tiros Anderson levou?
Embora a polícia tenha divulgado que havia 30 perfurações de projeteis de arma de fogo no corpo do pastor, não é possível informar com precisão quais perfurações são de entrada e de saída dos tiros, logo, ele pode ter levado menos tiros.