O município Coronel João Sá, atingido pelas águas do Rio do Peixe após o rompimento da barragem na cidade vizinha de Pedro Alexandre, teve a maior tragédia da história do município, afetando cerca de 500 famílias e deixou 150 delas desalojadas, fazendo com que estas precisassem ir para casa de seus familiares ou irem para abrigos improvisados em escolas, ginásios e outros espaços anunciados pela prefeitura. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, 400 pessoas estavam desabrigadas e 1.500 desalojadas, até sábado (13).
O prefeito, Carlinhos Sobral decretou estado de emergência na cidade quando o nível da água subiu, na quinta-feira (11), e afirmou que já houve homologação por parte do governo federal. Este decreto serve para que o município possa receber recursos estaduais e federais para conseguir arcar com os prejuízos.
Segundo o prefeito, o número de pessoas afetadas pelo rompimento da barragem pode aumentar, porque novas informações chegam a todo instante, pois além de muitas pessoas ainda estarem ilhadas, pontes e estradas foram rompidas. Neste Domingo (14), os bombeiros atenderam uma ocorrência de um princípio de incêndio, após um poste cair sobre uma casa e os fios no povoado de Ilha de São José. Não há informações de feridos.
Sobre os imóveis que foram interditados, a prefeitura informou que está buscando meios para ajudar na reconstrução. A prefeitura local disse que está em contato com o governo estadual e o governo federal para ver quais são as alternativas de medidas mais rápidas. Enquanto as casas estiverem sendo reconstruídas, a prefeitura disse que precisarão alugar casas para colocar as pessoas, para que elas possam ficar melhor acomodadas. Além disto, a prefeitura alega que está levantando números e dados para que a cidade possa voltar ao normal e seus alunos retornem às escolas o mais breve possível.
Na sexta-feita (12), a Superintendência de proteção e Defesa Civil da Bahia informou que o rompimento da barragem foi em consequência da ruptura de outros açudes menores na região e alegou que há risco de novos rompimentos. Segundo o prefeito Carlinhos Sobral, em Coronel João Sá há cerca de 2.000 barragens de pequeno porte, incluindo áreas particulares, sendo uma de cimento e as demais todas feitas de terra.