Você provavelmente já ouviu falar do FaceApp, ou pelo menos viu alguma foto de um amigo ou famoso com rugas no rosto e aparência de velhice. O aplicativo viralizou nos últimos dias, contando com milhões de downloads tanto na Apple Store quanto na Google Play.
Entretanto, todo o sucesso do simples aplicativo capaz de mudar a aparência do usuário, despertou preocupação entre os especialistas da área de segurança digital. Os desenvolvedores são russos, tratando-se da empresa Wireless Lab.
De acordo com os especialistas, o FaceApp esconde uma postura perturbadora: dados e informações dos usuários estariam sendo colhidos a partir do seu uso, dando para os russos uma gigantesca base de dados, tudo à custa de filtros e outras funcionalidades divertidas. E o pior, com a plena autorização.
Isso porque, em suas políticas de privacidade, consta que o usuário permite ao desenvolvedor, no caso a Wireless Lab, colher as suas informações, enquanto utiliza o recurso. O mais perturbador de tudo: as fotos registradas no aparelho são captadas, e outros dados privados, tais como histórico de navegação, colhidos. Tudo isso para ficar à disposição da Wireless Lab um diagnóstico completo do usuário.
Além disso, é permitido para a empresa, ao baixar o aplicativo, compartilhar os dados dos usuários com outras empresas, inclusive fora da Rússia, como nos Estados Unidos. Sabe-se lá o que é feito com todo o acervo de fotos e dados privativos dos usuários, mas como na maioria dos casos, o mais provável é que seja um mecanismo para otimizar o direcionamento de produtos para os consumidores.